Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2011

O erro de Passos Coelho e, já agora, o do senhor Silva

Razões egoistas, mesquinhas, presidiram à estratégia do chumbo do socrático PECIV.

Numa sinistra (aqui dá para rir se emprestarmos a lingua italiana a este lexoma) aliança PSD, CDS, BE e PCP, mais os meninos melancias, "derrubaram" o governo, com a anuência do PR Cacavo Silva, obrigando assim Portugal a pedir ajuda exterma à Comissão Europeia, ao BCE e ao FMI, emergindo desse acordo para resgate da nossa dívida soberana uma figura, triangular, dita troika...a mandar no país, no governo, na economia, nas finanças, na indústria, na legislação...em quase tudo. 

O argumento de toda esta gentinha nacional:"O responsável pela crise portuguesa era, foi, sem sombra de dúvidas o engº Sócrates".

Passos Coelho queria apoiar o PECIV, queria que Sócrates terminasse a legislatura, mas a tropa arruaceira de Gaia, Marco António e o cirurgião Luís Filipe encostaram o menino Passos à parede:"Ou corres com o Sócrtaes ou, amanhã, já não és Presidente do PSD!" Perante tamanho desafio, ameaça, traulitada, Passos escolheu a "espada".

O resto da história é conhecida.

Contudo, agora, já a crise é quase e só europeia, quiçá mesmo mundial.

Pois, era, exactamente, o que Sócrates sustentava e propugnava receitas internas para resistir ao tsunami, ao ataque concertado dos especuladores e financeiros, dos mercados, à nossa dívida soberana.

Então percebeu-se que a chusma que pululava no Parlamento vendeu a nossa soberania pela tomada do poder, ou por negociatas corporativas (professores, colégios privados, etc.).

Também é verdade que Sócrates tinha sido sangrado até à exaustão. Também é verdade que tinha chegado ao fim da sua linha, ramal, desvio, ferroviário.

Mas, o seu verdadeiro coveiro, foi Aníbal Cavaco Silva, que teve que engolir o sapo Passos Coelho, mas ganhou o sonho social-democrata do pai fundador Sá Carneiro: uma maioria, um governo um Presidente!

Mas, tudo isto, sendo História, é pequenina historieta.

O que importa, o que me é importante: Portugal.

É esta entidade que é necessário salvar e curar.

Como se faz tal terapia?

Com os politicos no poder a explicar, com humildade, como fez o PM da Irlanda, com verdade o que é que temos, quem é, verdadeiramente, responsável por tudo isto e que possibilidades temos de cura.

Com os politicos na oposição a serem parte da solução e não parte do monstruoso problema.

De modo talvez um pedaço redutor, os dois maiores partidos, não a criarem uma solução bloco central, mas a celebrarem um acordo patriótico entre si, para tirarem Portugal do atoleiro onde sucessivos governos (Soares, Cavaco Silva, sobretudo, Guterres, Durão Barroso & Portas e Sócrates) o colocaram.

Já não é preciso os partidos do arco governamental auto-flagelarem-se ou fustigarem os adversários. Essa deriva sado-masoquista já foi feita com Sócrates.

Agora, o que se exige, é que o PR "obrigue" PSD, CDS e PS a unirem-se sob a mesma bandeira, a de Portugal, para, em conjunto com a Europa, a UE, podermos resgatar a dívida e resgatarmos Portugal.

Pouco nos dá as bocas do pai Soares contra Merkel e Sarkozy (é cagança a mais...). A crise resolve-se com a Alemanha e com a França, nunca contra a França e a Alemanha, pais fundadores da União Europeia.

Podemos discordar das soluções que se vão encontrando. Podemos discordar da velocidade a que as decisões das cimeiras de "chefes de Estado" se vão concretizando. Podemos até ter outras soluções. O que não temos é o direito de morder a mão de quem nos acolheu, de quem nos ajudou e de quem ajudou Portugal a ser o país que é, bem melhor do que éramos antes de 1986.

Disse.


publicado por weber às 11:03
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