Judite de Sousa, jornalista, há um ano na TVI, saída da RTP, conta a Ana Mota Ribeiro, sua colega no jornal Público como fez parte da narrativa com os quatro maiores banqueiros portugueses, e como estes fizeram parte da narrativa politica que obrigou Sócrates a pedir apoio financeiro ao BCE, à UE e ao FMI.
Assume, claramente, que houve "concertação".
Uma jornalista a empenhar-se, a tomar "partido", a ser actor da história politica recente!...Lê-mos e, espantados, quase que não acreditamos.
Abeire-se da conversa e confirme.
E em directo:
"Refere-se às entrevistas aos presidentes dos principais bancos?
Muitas pessoas não perceberam por que é que andava a entrevistar banqueiros todos os dias. A verdade é que as entrevistas foram feitas numa segunda, numa terça, numa quarta e numa quinta; 48 horas depois, o primeiro-ministro estava a pedir ajuda financeira. (…)
A ideia de fazer as quatro entrevistas foi uma espécie de xeque-mate à chegada? Um modo de dizer que era capaz de mobilizar quatro dos homens mais poderosos do país e intervir na cena política portuguesa?
Foi. Foi intencional. (…)
Contacta os assessores de imprensa? Não pega no telefone para falar directamente com Fernando Ulrich?
Com alguns, trato directamente. Com o Fernando Ulrich falo directamente; talvez por ter sido jornalista, há um tipo de relação diferente. Mas não falo directamente com o Ricardo Salgado, passo sempre pelo Paulo Padrão [assessor]. As respostas surgiram logo no dia seguinte. Só mais tarde vim a perceber que aproveitaram o meu convite para acertar uma posição conjunta de forma a fazer um ultimato a José Sócrates. Acabei por, com aquelas entrevistas, fazer parte de uma narrativa que foi meticulosamente preparada pelos banqueiros."
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. A gente lê e...quase não ...