Até na conjuntura o filósofo Anselmo Borges acerta.
Neste tempo de incertezas, o tópico que ele "elege" é, exactamente, a "dúvida".
Texto denso, perigoso, por que nos obriga a questionarmo-nos, mas de uma actualidade visceral e religiosa, no sento de escrupulosa, que é o seu sentido único e exacto.
Leiam-no aqui que vos faz, seguramente, muito bem e, até domingo, ajudar-vos-á a meditar e a...ficar com mais dúvidas.
Es este pedaço para vos dar asas:
«A dúvida coloca-nos ao mesmo tempo para lá dos dogmatismos fundamentalistas e dos cepticismos niilistas, pois põe-nos em marcha, na pergunta radical, para a busca da verdade. Com o eclipse dessa pergunta, desaparece o sentido do mundo e da dignidade humana, pois a humanidade sucumbe à imediatidade, a uma visão fragmentária do aqui e agora. Infelizmente, talvez seja isso que realmente está a acontecer, como constatou já o marxista heterodoxo e ateu religioso Ernst Bloch: "Está a concretizar-se o que Nietzsche profetizou para o século XX: Vamos ao encontro de uma época de terrível miséria. Com subprodução de transcendência."»
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