Os economistas, quando querem contornar a realidade (os políticos pediram-lhes de empréstimo esta falácia...), ou reinventá-la, o que é que fazem?
Usam as estatísticas, os números, pois.
O cronista do DN deixou-se levar pela falácia dos números, produzidos por Cavaco Silva e produz inferência desajustada.
Bem, desajustada talvez não seja o termo acertado, mas ao lado da realidade financeira do nosso PR.
Nesta coisa numerária é preciso escavar mais fundo.
Primeiro: o que disse, na realidade, o senhor Silva? Que as reformas que tinha não chegavam para as despesas, as suas.
Vários cenários se colocam, aqui.
Que tipo de despesas tem o contabilista de Boliqueime? Se são superiores aos seus rendimentos, vários cenários se colocam. Ou tem, ainda, outras fontes de rendimento; ou alguém suporta os diferenciais por ele; esse alguém, pode ser a mulher, os filhos, os amigos, ou, quiçá, o próprio Estado que não que ver o seu PR endividado. Para isso, já basta a dívida soberana, a pública e a privada.
Mas a crónica, que pode ler aqui tem um boa intenção e um bom conselho: "gaste menos, senhor Presidente". Ora aqui está um acertado conselho, um interessante sugestão, que se pode inspirar no que ocorre com grande parte dos portugueses.
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