Ferreira Fernandes utiliza o inicio do Evangelho de S. João, para ilustrar a saga do monstro da Casa Pia, o motorista Carlos Silvino.
Pode ler a crónica aqui.
É texto pertinente e adequado ao tempo que passa, mas, para além da sua substância, levanta dois problemas.
1/ Das traduções bíblicas;
2/ Das suas adequações às linguas nacionais.
Na versão, a melhor em português, da Difusora Bíblica dos Franciscanos Capuchinhos de Fátima, diz-se: "No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o verbo era Deus. No princípio Ele estava em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir;"
Contudo, ele há versões, tiradas do aramaico, do grego ou até do hebreu que não sublinham "Verbo", mas, outrossim "Logos", que aparece aqui com uma muito maior extensão significadora do que naqueloutro significante.
Tal questão levar-nos-ia longe e, sobretudo, afastar-nos-ia da crónica de Ferreira Fernandes, que é de suma importância e coloca a questão no território em que deve ser tomada: a incompetência da nossa justiça e de outros aparelhos ideológicos conexos.
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