Ontem fui ver o filme do João Canijo.
Lembrei-me de já ter lido um óptima recensão feita pela Irene Pimentel.
Fui recuperá-la aqui.
Assino, sem dificuldade tudo quanto a Irene escreveu.
Contudo, gostava de acrescentar algo mais.
A exiguidade dos espaços onde tudo, ou quase tudo, se desenrola: a casa, a cozinha, a sala, os quartos, a casa-de-banho, o restaurante, os corredores labirínticos do bairro (provavelmente o 6 de Maio...) onde o chavalo vai buscar a droga...
O que me espanta é a humanidade destes lugares, a que se soma, em permanência, os ruídos do exterior, dos vizinhos, eles, também, de uma humanidade ímpar.
A Irene refere os actores, profissionais, fantásticos, todos eles, mas aos quais se deve juntar os "figurantes" que em todas as geografias do filme "entram" com uma naturalidade, com um realismo, que até fere.
Repetindo-me, com a Irene Pimentel: uma obra-prima.
Do melhor que já se fez em português.
Um aspecto que me surpreendeu: a qualidade do som. Do melhor.
Imperdível.
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